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Como a IA está revolucionando descobertas científicas
A inteligência artificial (IA) já faz parte do nosso cotidiano, mas seu impacto vai muito além de ferramentas como o ChatGPT. Pesquisadores em todo o mundo estão utilizando essa tecnologia para fazer novas descobertas científicas, marcando uma verdadeira revolução no campo da ciência.
As ferramentas de IA são capazes de gerar e processar enormes quantidades de dados, realizando o trabalho equivalente a anos de estudo humano em um tempo muito menor. Essa capacidade transformadora está presente em todas as fases da pesquisa, desde a geração de hipóteses, concepção, monitoramento e simulação de experimentos, até a publicação científica e comunicação dos resultados.
Segundo a Organização Científica e de Pesquisa Industrial da Commonwealth (CSIRO), agência de ciência da Austrália, 99% das áreas de pesquisa já produzem resultados com o auxílio da inteligência artificial. Além disso, a tecnologia contribui significativamente para metanálises, que revisam conclusões de múltiplas pesquisas em uma mesma área.
Descobertas Impulsionadas pela IA
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard usaram a IA para descobrir uma nova classe de candidatos a antibióticos em tempo recorde. A tecnologia rastreou milhões de compostos químicos e testou 283 dos mais promissores em camundongos, demonstrando que vários eram eficazes contra bactérias resistentes aos remédios disponíveis no mercado.
Em 2022, a empresa britânica DeepMind utilizou IA para catalogar mais de 200 milhões de proteínas, praticamente todas as existentes. Esse trabalho, concluído em apenas 18 meses, solucionou um dos maiores desafios da biologia nas últimas décadas.
Nos Estados Unidos, cientistas da Universidade de Stanford programaram computadores para aprender biologia por conta própria, utilizando um programa de IA semelhante ao ChatGPT. As máquinas foram treinadas com dados brutos de milhões de células e suas composições químicas e genéticas, sem qualquer orientação prévia. Em apenas seis semanas, os computadores adquiriram conhecimento que a humanidade levou 134 anos para descobrir. Os pesquisadores esperam que a IA continue a fazer descobertas mais profundas, especialmente relacionadas a doenças como o câncer.
No Brasil, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão utilizando IA para monitorar corais através de imagens publicadas nas redes sociais. Essa alternativa ao monitoramento tradicional é mais barata e eficiente, contribuindo para a conservação ambiental.
Além disso, uma ferramenta criada pela empresa chinesa Huawei realiza previsões meteorológicas de forma milhares de vezes mais rápida e barata, com potencial para reduzir significativamente o consumo de energia nesses cálculos.
Por fim, cientistas da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, usaram IA para identificar materiais com as propriedades necessárias para construir baterias melhores. A IA analisou 200 mil compostos cristalinos estáveis no sistema inorgânico e conseguiu reduzir para apenas cinco o número de candidatos para testes em laboratório.
Esses exemplos ilustram como a inteligência artificial está revolucionando a ciência, permitindo avanços mais rápidos e eficientes em diversas áreas de pesquisa.
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