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Italo Nogueira encerra sua gestão na Federação Assespro

Quando assumiu, em março de 2019, a presidência da Federação Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), o empresário Italo Nogueira, aos seus 42 anos de idade, já fazia ideia do que lhe esperava. Dirigir a principal entidade representativa das empresas de TIC do País e contando mais de quatro décadas de atuação não seria tarefa fácil.

Desafio aceito, Nogueira e seu board de VPs e diretores conseguiram retomar o protagonismo da entidade com participação inédita em discussões que afetam o setor e a sociedade. O reconhecimento do trabalho o levou ao segundo mandato que se encerra agora em dezembro. Durante esse período, a Assespro participou dos principais fóruns de debates empresariais e de políticas públicas para o setor.

Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, nova Lei de Licitações, MP da Liberdade Econômica, regulamentação dos profissionais de TI Pl 3171/17, censo do setor de TIC, incentivo à captação de recursos para empresas em bancos públicos e privados foram algumas das áreas de atuação no primeiro mandato. “Trabalhamos duro para consolidar a Assespro como o player importante que ela tem que ser na defesa e representação das empresas de tecnologia. Conseguimos vitórias importantes com a participação da nossa diretoria e das nossas regionais, pois essa capilaridade da Assespro é um dos nossos pontos mais fortes”, conta Italo Nogueira.

Tudo corria bem até que em março de 2020, a Covid-19 chegou trazendo mudanças drásticas na vida das pessoas. O setor de TI foi o primeiro a se adaptar e a oferecer soluções para aproximar as pessoas. “Foi uma fase dificílima, de perdas irreparáveis, mas um momento único de aprendizado e de adaptação”, resume Nogueira.

O trabalho da diretoria da Assespro continuou através de reuniões online. Em abril de 2020, Italo Nogueira tomou posse no Conselho Consultivo do comitê de apoio às startups ligado ao Ministério da Economia.  A entidade também começou a promover, pioneiramente, cursos de formação em Data Protection Office (DPO) essenciais para as empresas cumprirem com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Foi nesse período também que a Assespro defendeu a devolução, pelo Senado Federal, da MP 1.068 , MP das Fake News que, para a entidade, representava um retrocesso ao Marco Civil da Internet restringindo a liberdade de expressão. Outra ação da assessoria parlamentar da Assespro foi de questionar a reforma do Imposto de Renda e a defesa da adesão do Brasil à Convenção de Budapeste, que tipifica crimes cibernéticos.

Foi no atual mandato em que tomou corpo a criação do pool de investimentos em startups, o Assespo Invest, com mais de R$ 5 milhões captados para aquecer o mercado de empresas iniciantes. E quando completou seus 45 anos de atividade, em dezembro do ano passado, a Assespro promoveu um grande evento em Brasília que repercutiu nacionalmente, pois lançava o Manifesto contra o Apagão da Mão de Obra que vem afetando cada vez mais o setor.

“Essa foi mais uma grande contribuição da Assespro. Neste caso, não só apontamos os problemas como indicamos saídas e oportunidades com a participação dos governos, das unidades de ensino e, claro, das nossas empresas de tecnologia”, explica Nogueira. A partir do manifesto, várias ações foram promovidas em todo o Brasil pelas regionais da entidade. Vários estados como Goiás, Rio de Janeiro, Minas e Pernambuco, por exemplo, iniciaram projetos de capacitação beneficiando milhares de estudantes. “Se 20% desses jovens tiverem suas vidas impactadas e transformadas, estarei muito feliz, mesmo sabendo que esses números serão muito maiores”, completa.

A mais recente conquista da atual gestão foi de cunho internacional. A Assespro assinou, agora em setembro, um protocolo de intenções com a Associação Nacional de Tecnologia da Malásia (Pikom) durante o 26º Congresso Mundial de Inovação e Tecnologia 2022 (WCIT 2022), em Penang, na Malásia. O acordo abre espaço para que empresas brasileiras tenham acesso a um mercado estimado em US$ 25,2 bilhões.

Além disso, outro resultado positivo para os empreendedores nacionais de TI durante o evento em Penang foi o fato do vice-presidente da Federação Assespro, Robert Janssen, ter sido indicado para o cargo de Deputy Chairman na Witsa (sigla em inglês para Aliança Mundial de Inovação, Tecnologia e Serviços), consórcio de associações da indústria de tecnologia da informação e comunicação cujos membros representam mais de 90% do mercado mundial de TIC no mundo.

Nova gestão – Para o próximo biênio quem assume a presidência da Assespro a partir de janeiro é o empresário brasiliense Christian Tadeu. Ele foi eleito por unanimidade durante reunião do conselho de administração da entidade que aconteceu nesta quarta, 30/11, no Recife-PE. Na nova diretoria, Italo Nogueira, assume a vice-presidência de relações internacionais. “Estamos no caminho certo. Vamos dar continuidade ao trabalho que já vínhamos construindo. Queremos aprimorar e ampliar essa atuação dando à Assespro o protagonismo que ela merece”, explica Christian Tadeu, que já foi duas vezes presidente da Assespro DF e que atuava, até então, como Vice-presidente de articulação política da Federação.

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